A cidade de Tomar conserva um Pelourinho barroco que data do século XVII e que, na época, terá vindo substituir o primitivo pelourinho manuelino, mais antigo. O Pelourinho de Tomar encontra-se, nos dias de hoje, no Largo a que dá o nome – o Largo do Pelourinho (conhecido, igualmente, como o lugar da Várzea Pequena).
Trata-se de uma reconstrução feita em 1939-40 do pelourinho original, uma vez que o inicial, que se encontrava ao fundo da Rua da Graça, foi demolido no ano de 1870. Sabemos que no seguimento da demolição, as peças originais do pelourinho se dispersaram, tendo mesmo chegado a servir de base para um candeeiro público. O empenho na reconstrução levou à recuperação das peças, o que faz com que o monumento atual reúna todos os elementos originais, à exceção do pedestal.
Este Pelourinho setecentista assenta numa plataforma de cinco degraus quadrangulares e é constituído por base e fuste bulbiforme. O remate é composto por uma esfera armilar de grandes dimensões, em ferro, sobre um coruchéu rústico.
Em termos históricos, os pelourinhos estão diretamente ligados à concessão das cartas de foral. Tomar foi conquistada aos árabes por D. Afonso Henriques em 1147 e doada à Ordem do Templo, em 1159, como recompensa pelo auxílio prestado na formação do reino e pelos grandes feitos militares alcançados. Um ano mais tarde, seriam os Cavaleiros Templários e o Grão-Mestre Gualdim Pais a mandar construir o Castelo e a fundar a vila de Tomar. Foi, desta forma, D. Gualdim Pais quem outorgou à povoação os dois primeiros forais, um em 1162 e outro em 1174. Com a extinção da Ordem de Templo, a partir do século XIV Tomar passou a pertencer à Ordem de Cristo e recebeu um foral novo de D. Manuel em 1510. Foi apenas em 1843 que foi elevada à categoria de cidade, por ordem da rainha D. Maria II.
O Pelourinho de Tomar é um monumento classificado como imóvel de interesse público, desde 1933.