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Património
Palácio de Alvaiázere
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O Palácio de Alvaiázere, situado no centro histórico de Tomar, perto da antiga Várzea Grande, reveste-se de grande interesse arquitetónico, histórico e cultural para a cidade, sendo um registo do seu desenvolvimento e evolução através dos séculos.

Em termos arquitetónicos, é um imóvel senhorial do século XVIII, de planta retangular dividida em dois andares. No exterior, as fachadas revelam um estilo sóbrio para a época. Destacam-se as muitas janelas perfeitamente alinhadas, com gradeamento de ferro no piso inferior e de moldura com bandeira no piso superior. As esquinas (ou cunhais) do imóvel são rematadas em cantaria de calcário e existe, ainda, um friso, também ele feito em pedra de cantaria, a marcar a linha separadora dos dois andares. A porta principal sobressai na fachada principal, ao centro, tendo por cima uma janela de sacada. No interior, ambos os pisos possuem um átrio amplo, a partir de onde se tem acesso às restantes divisões. No teto, uma claraboia de dimensões generosas abre-se sobre a escadaria que interliga os dois pisos e o sótão, permitindo a sua iluminação com luz natural.

Historicamente, não se conhece a data precisa de construção do Palácio de Alvaiázere, mas sabe-se que a Misericórdia de Tomar era a proprietária do edifício, quando, em 1771, foi alugado a Noel le Maitre, que realizou algumas obras de adaptação no interior do edifício, para ali instalar a sua fábrica de meias.

Alguns anos mais tarde, em 1789, o imóvel foi vendido ao industrial Jácome Ratton, que juntamente com Thimóteo Lecussan Verdier, procedeu a obras de restauro nas instalações fabris existentes e fundou a Fábrica de Fiação de Tomar, com o alvará atribuído pela rainha D. Maria. Aí estiveram durante alguns anos, até terem transferido a produção para um novo espaço mais moderno e com capacidade para acolher uma unidade de fiação hidráulica, tendo o edifício do Palácio ficado destinado apenas aos serviços administrativos da empresa.

Depois de 1869, o Palácio foi vendido, passando para a posse do Barão de Alvaiázere, título atribuído por D. João VI, em 1818, a Manuel Vieira da Silva Borges e Abreu. Desde essa data, o edifício ficou para sempre associado à memória do Barão, preservando este nome até ao presente.

Em 1914, a Câmara Municipal de Tomar comprou o imóvel e sabe-se que até 1975 funcionou como Quartel-General da Região Militar de Tomar. Nesse mesmo ano, em Maio, um incêndio destruiu a cobertura e o interior do edifício.

Após os trabalhos de recuperação do imóvel, este passou a ser propriedade do Ministério da Justiça, aí funcionando serviços da sua tutela.

 

Morada:
Avenida General Tamagnini de Abreu, 36
2300-536 Tomar - Portugal
39.60170900318734, -8.413069099187851
Fachada - O Palácio de Alvaiázere, situado no centro histórico de Tomar, perto da antiga Várzea Grande, reveste-se de grande interesse arquitetónico, histórico e cultural para a cidade, sendo um registo do seu desenvolvimento e evolução através dos séculos.
Fachada - O Palácio de Alvaiázere, situado no centro histórico de Tomar, perto da antiga Várzea Grande, reveste-se de grande interesse arquitetónico, histórico e cultural para a cidade, sendo um registo do seu desenvolvimento e evolução através dos séculos.
Fachada - O Palácio de Alvaiázere, situado no centro histórico de Tomar, perto da antiga Várzea Grande, reveste-se de grande interesse arquitetónico, histórico e cultural para a cidade, sendo um registo do seu desenvolvimento e evolução através dos séculos.
Pormenor - O Palácio de Alvaiázere, situado no centro histórico de Tomar, perto da antiga Várzea Grande, reveste-se de grande interesse arquitetónico, histórico e cultural para a cidade, sendo um registo do seu desenvolvimento e evolução através dos séculos.