No coração do centro histórico de Tomar, a Estátua de D. Gualdim Pais destaca-se em pleno centro da Praça da República, entre o edifício dos Paços do Concelho e a Igreja de São João Batista.
A inauguração deste monumento aconteceu no dia 9 de julho de 1940. A cidade de Tomar prestou, assim, homenagem àquele que foi o seu fundador, prova da inquestionável relevância do Cavaleiro Templário na cidade. Terá sido o tomarense Vieira Guimarães (reputado médico, professor e historiógrafo da terra) que, em 1895, no sétimo centenário da morte de D. Gualdim Pais, avançou com a proposta de a cidade lhe dedicar este tributo, o que só se veio a concretizar 45 anos mais tarde.
Normalmente, aponta-se Macário Dinis como o autor desta obra, em 1935, mas há que acrescentar que foi Anjos Teixeira o autor da maqueta aprovada em 1933, sobre a qual Macário Dinis trabalhou, tendo-lhe feito algumas alterações.
Gualdim Pais foi um cruzado português, nascido em Amares em 1118, que acabou por ficar inexoravelmente associado à história de Tomar. Foi Cavaleiro de D. Afonso Henriques entre 1128 e 1185, e o fundador da cidade de Tomar, onde ficou sediada a Ordem do Templo, da qual se tornou grão-mestre.
Foi em 1159 que D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, doou este território à Ordem do Templo, como recompensa pelo auxílio prestado na formação do reino e pelos grandes feitos militares alcançados. Um ano mais tarde, seriam os Cavaleiros Templários e o seu Grão-Mestre Gualdim Pais a dar início à construção do Castelo e à sua magnífica Charola e a fundar a vila de Tomar. Foi D. Gualdim Pais quem deu foral à nova vila de Tomar, em 1162.
Na margem oposta do rio, e sobre as ruínas de um antigo mosteiro, edificaram a Igreja de Santa Maria do Olival, com o intuito de ser a derradeira morada dos Mestres Templários, o Panteão da Ordem do Templo. Aqui foi sepultado o próprio D. Gualdim Pais, que morreu em 1195. Atualmente, a lápide de D. Gualdim Pais encontra-se na parede da segunda capela, para onde foram transferidos os seus restos mortais.
