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Património
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Capela de Santa Iria
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Evocativa da lendária padroeira de Tomar, a Capela de Santa Iria está integrada no antigo Convento com o mesmo nome, que pertencia originalmente às Freiras Clarissas. 

Esta Capela foi mandada construir na segunda metade do século XV, no sítio de Santa Iria, junto à margem do rio Nabão. Mais tarde, no século XVI, foi alvo de uma remodelação e ampliação que lhe acrescentou elementos renascentistas. No interior, apresenta uma planta retangular, de nave única, coberta por um teto de caixotões com ornamentos pintados e paredes forradas a azulejos com padrão “ponta-de-diamante”. Possui uma porta manuelina que faz a ligação à sacristia e contém um admirável calvário em pedra de Ançã e uma exuberante decoração alusiva ao Espírito Santo no apainelado da Capela-Mor.

A linguagem renascentista na Capela de Santa Iria, em Tomar, é bem visível no pórtico e janela projetados por Nicolau de Chanterene, escultor de origem francesa responsável por várias obras em Portugal, entre os anos de 1517 e 1551. Já o retábulo de Cristo crucificado (Capela dos Vales) é atribuído ao escultor e arquiteto João de Ruão, também ele de origem francesa e grande responsável pelo desenvolvimento da escola renascentista coimbrã. 

Um elemento curioso nas imediações da Capela é o Arco das Freiras, uma passagem aérea sobre a Rua de Santa Iria, que liga o Convento ao antigo Palácio de Frei António de Lisboa.

Reza a lenda que Iria, uma jovem devota e de boas famílias, ali terá vivido na época visigótica, no século VII. Nasceu no seio de uma família rica, e foi enviada para um convento, de onde apenas saía para ir à missa ou para rezar. A verdade é que, numa saída do convento, a sua beleza encantou Britaldo, um jovem nobre que por ela se enamorou e logo a quis desposar. Mas Iria estava decidida a dedicar-se à vida religiosa, assim recusando a proposta, para profundo desalento do jovem. Entretanto, também Frei Remígio, seu preceptor, se rendera aos encantos de Iria, a quem fez avanços inapropriados, barrados pela jovem. Movido por um orgulho ferido, o frade lançou o boato de que a jovem Iria estaria de esperanças, dando-lhe infusões que lhe provocaram o inchaço do ventre. Ao ficar a par da suposta traição, Britaldo não suportou o desgosto e ordenou que a matassem, enquanto Iria rezava, junto ao rio Nabão. O corpo de Iria foi levado pelo rio até Santarém, onde se conta que as águas do Tejo se abriram para mostrar o seu caixão, tendo os monges que o encontraram dado início ao seu culto. Iria tornou-se, assim, a padroeira de Tomar. A 20 de outubro, no quadro das celebrações da Feira de Santa Iria, lembra-se o dia da sua morte e lançam-se pétalas às águas, numa evocação ao sangue da mártir.

Convidamo-lo a conhecer este espaço através da visita virtual 3D em https://mpembed.com/show/?m=McFSEwoDHMb

 

Horário:

Verão (abril a setembro): quarta-feira a domingo, das 14h00 às 18h00

Inverno (outubro a março): quarta-feira a domingo, das 14h00 às 17h00

 

Encerrado nos dias: 1 de janeiro, 1 de maio e 25 de dezembro.

 

Contacto:
+351 249 329 823
Morada:
Rua Marquês de Pombal
2300-510 Tomar - Portugal
39.604450329072314, -8.410306423902512
Fachada - Capela dedicada a Santa Iria, padroeira da cidade. Foi mandada construir no século XV, tendo sofrido uma remodelação e ampliação no século XVI, que lhe acrescentou elementos renascentistas.
Pormenor - Capela dedicada a Santa Iria, padroeira da cidade. Foi mandada construir no século XV, tendo sofrido uma remodelação e ampliação no século XVI, que lhe acrescentou elementos renascentistas.
Capela - Capela dedicada a Santa Iria, padroeira da cidade. Foi mandada construir no século XV, tendo sofrido uma remodelação e ampliação no século XVI, que lhe acrescentou elementos renascentistas.
Capela - Capela dedicada a Santa Iria, padroeira da cidade. Foi mandada construir no século XV, tendo sofrido uma remodelação e ampliação no século XVI, que lhe acrescentou elementos renascentistas.
Altar - Capela dedicada a Santa Iria, padroeira da cidade. Foi mandada construir no século XV, tendo sofrido uma remodelação e ampliação no século XVI, que lhe acrescentou elementos renascentistas.
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