O Aqueduto do Convento de Cristo, também conhecido como Aqueduto dos Pegões Altos, em Tomar, foi mandado construir por Filipe I, com o objetivo de abastecer de água o Convento de Cristo. O projeto deste aqueduto foi realizado em 1584 pelo conceituado Filipe Terzi, arquiteto-mor do Reino, tendo os trabalhos começado apenas no ano de 1593. Depois da morte de Filipe Terzi, a direção da obra ficou a cargo do arquiteto Pero Fernandes de Torres.
A conclusão da primeira fase dos trabalhos acontece em 1614 e contou com a presença do rei Filipe II, que se deslocou a Portugal e inaugurou a obra, de acordo com a inscrição gravada no monumento. Esta primeira fase conduziu as águas até um reservatório que retinha a água, situado na área da Cerca do Convento. Foi só mais tarde, em 1616, sob a direção do arquiteto Diogo Marques Lucas, que se procedeu à finalização da obra, em que a canalização foi prolongada até ao edifício do Convento, chegando até aos lavatórios dos dormitórios em 1617 e alcançando a fonte do claustro principal em 1619, data efetiva de conclusão do empreendimento.
O Aqueduto estende-se ao longo de cerca de seis quilómetros, fazendo a ligação da água a partir de quatro nascentes situadas nos arredores da cidade de Tomar, no lugar de Pegões, até ao Convento de Cristo. É composto por um total de 180 arcos de volta perfeita e representa uma das mais importantes obras públicas do século XVII, em Portugal.
É constituído por arcaria simples e por duas camadas de arcos sobrepostos na zona de maior declive, precisamente sobre o vale de Pegões, onde chega a atingir uma altura de 30 metros. É esta estrutura que lhe confere toda a sua magnificência e beleza, sendo um dos mais imponentes aquedutos portugueses.
O Aqueduto do Convento de Cristo está classificado como Monumento Nacional desde 1910.