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1. Igreja de São João Baptista
Erguida paredes meias com a Corredoura (tradicional rua comercial), esta igreja, assente sobre estruturas do século XII, foi reformulada no século XVI. A fachada, ao gosto gótico flamejante, tem um portal dotado de alfiz. A torre octogonal manuelina, provida de relógio, tem na base vestígios visigóticos (frontão funerário com dois animais afrontados, ladeando uma flor de lis e um “cachorro” com forma de leão). No interior, destaque para a obra do pintor quinhentista Gregório Lopes e parão tríptico flamengo do Batismo de Cristo.
2. Sinagoga
O mais antigo templo hebraico, construído de raiz e ainda intacto, em Portugal, encontra-se a meio da antiga Judiaria Henriquina. Esta Sinagoga, encerrada por ocasião da expulsão dos Judeus no reinado de D. Manuel I, teve, ao longo dos tempos, outras ocupações como prisão e armazém. Atualmente, alberga o Museu Hebraico Abraão Zacuto. Dos elementos originais conservam-se as quatro colunas e o sistema de acústica (cântaros embutidos nas paredes).
3. Casa Memória Lopes Graça
Lopes-Graça nasceu em Tomar, a 17 de Dezembro de 1906. No edifício que o viu nascer, hoje Casa Memória, podemos ver objetos pessoais e a sua certidão de nascimento. Partituras, peças musicais e outras obras testemunham a sua intensa atividade artística e política.
4. Complexo cultural da Levada (antigos Lagares d´El Rei e Moinhos da Ribeira da Vila)
Esta zona envolvente do rio Nabão já é mencionada no primeiro Foral de Tomar de D. Gualdim Pais (1162) como lugar onde se localizavam moinhos para moer cereais e lagares para o azeite.
5. Estaus
O Infante D. Henrique, nomeado pelo pai, D. João I, para governador da Ordem de Cristo, viveu em Tomar. Entre outras obras, mandou edificar os Estaus ou Paços da Ribeira, albergues preparados para receber muitos dos que se deslocavam à vila a mando do Infante, como os funcionários do reino e nobres.
6. Casa dos Cubos
No século XV, serviu de armazém para as rendas da Ordem de Cristo. Arrecadavam-se aí cereais, legumes, vinho e azeite. Recentemente intervencionada, adquiriu uma estética peculiar desenhada para a cultura, pela qual tem recebido prémios internacionais de arquitetura.
7. Igreja de Santa Maria do Olival
Nesta igreja gótica do século XIII, construída sobre um mosteiro beneditino, mora a alma templária desde os primórdios da nação. Foi Panteão de Cavaleiros, como o Mestre D. Gualdim Pais, cuja lápide ainda hoje aqui permanece. Para além dos sinais templários, sobressai a rosácea e a torre sineira, antiga torre de vigia romana - atalaia. Da reforma quinhentista herdou as capelas laterais.
8. Capela de Santa Iria
Antigo recolhimento quatrocentista, o Convento de Santa Iria está edificado sobre um mosteiro visigótico. Foi palco do martírio da padroeira da cidade, Santa Iria. A igreja, reconstruída no século XVI, integra portal e janela renascentistas. “O Calvário”, retábulo atribuído a João de Ruão, domina a Capela dos Valles.
9. Ponte D. Manuel I ou Ponte Velha
Localmente conhecida como “Ponte Velha”, é uma obra de arte que, tendo atravessado vários séculos e sofrido diversas alterações, em particular no século XVI, preserva a linha arquitetónica romana.
10. Roda do Mouchão
Evocativa da memória árabe, esta roda hidráulica é um ex-libris da cidade! Feita em madeira, com pares de alcatruzes em barro, recorda tempos em que o seu girar abastecia de água moinhos, lagares e o cultivo das margens do Nabão.
11. Núcleo de Arte Contemporânea (NAC)
Edifício do século XX que acolhe uma interessante coleção de obras de arte contemporânea portuguesa doada pelo ilustre tomarense, Professor José-Augusto França, reflexo das boas relações profissionais e de amizade que sempre manteve com a cidade. Deste núcleo faz parte a galeria de exposições temporárias dos Paços do Concelho.
12. Mata Nacional dos Sete Montes
Em terras que já pertenciam aos Templários surge, com a Ordem de Cristo, esta Mata murada, conhecida como Cerca do Convento, um espaço de recolhimento e cultivo, abastecido, mais tarde, pelo sistema de rega filipino. Este pulmão da cidade é o local ideal para um passeio e uma constante descoberta de espaços bucólicos como a Charolinha, um templete de desenho clássico, num enquadramento ao gosto romântico.
13. Castelo Templário
Mandado construir pelo Mestre D. Gualdim Pais, em 1160, à imagem dos castelos do Médio Oriente, com técnicas de defesa - como o Alambor adossado à grande muralha exterior – que se revelaram eficazes em batalhas contra os mouros, em tempos do rei D. Afonso Henriques. Estava dividido em três partes: a Almedina - o início da vila de Tomar; a Praça de Armas e a Alcáçova, zona militar com a Torre de Menagem. As muralhas abraçavam ainda a Charola, edifício religioso em rotunda, que foi mais tarde adaptado para cabeceira da igreja manuelina. No século XIV, sofre grandes alterações com o desenvolvimento do Convento de Cristo.
14. Convento de Cristo [Património da Humanidade]
Integrado no Castelo e construído a partir da Charola do século XII, o Convento deu abrigo à Ordem de Cristo, a partir do século XIV. Este colossal edifício encerra memórias de figuras incontornáveis da nossa História como seja o Infante D. Henrique, que mandou construir dois claustros, para além da sua residência. Do tempo de D. Manuel I e de seu filho D. João III, ficaram-nos a Igreja e os claustros quinhentistas. D. Filipe II, que se tornou rei de Portugal nas Cortes de Tomar, mandou concluir o Claustro Principal e levou a cabo outras imponentes obras como o Aqueduto dos Pegões.
15. Ermida de Nossa Senhora da Conceição
Situada na encosta do Convento de Cristo, com vista privilegiada sobre a cidade, esta ermida é um soberbo exemplar da Renascença de João de Castilho.
16. Capela de S. Gregório
Primoroso templo quinhentista de planta octogonal, encimada por cúpula ao estilo renascentista. A porta evidencia uma decoração com elementos manuelinos, lembrando a decoração da Janela do Capítulo do Convento de Cristo.